O que você sabe sobre Darryl Jones? O baixista é um dos membros da backing band dos Stones menos badalados publicamente, embora seja muito prestigiado no mundo artístico. A edição 14 do Stones Planet Fanzine trouxe entrevista exclusiva com o músico. É este material que reproduzimos agora, traduzindo e fazendo adaptações.
Antes de trabalhar com os Stones, Darryl tocou com gente da pesada, como Miles Davis e até a popstar Madonna. “Eu realmente amei todas as apresentações que fiz. É difícil escolher a melhor apresentação ou tour. Eu teria de dizer que foi com Miles Davis a que mais gostei. Acho que foi minha primeira grande parada, porque eu tive oportunidade de ter uma incrível educação e desenvolvimento musical. Além disso, o respeito que as pessoas têm pelo Miles abriu muitas portas para mim e possibilitou tudo o que aconteceu comigo depois”, comentou.
Darryl também falou sobre o melhor trabalho em disco. Qual foi? “É difícil responder isso. Eu realmente adorei a minha primeira gravação com Miles Davis, o álbum Decoy, assim como o disco Still Warm, de John Scofild’s. As músicas que eu tenho gravado com os Stones são ótimas também”, disse.
Como começou a história com os Stones? “Eu ouvi que o Bill Wyman estava deixando a banda. Eu chamei o empresário do Mick e perguntei a ele se havia caras sendo testados para o lugar. Disse que eu gostaria de ser adicionado à lista. Eu fui apresentado ao Keith em 1987 pelo Charley Drayton durante um ensaio dos Winos. Uma noite, em 1988, eu passei um aniversário meu sentado aos pés do Keith ouvindo aulas sobre guitarras de blues sobre e as mais diferentes afinações de guitarra que alguém jamais poderia imaginar. Portanto, eu conheci Keith e adorei o espírito. Eu fiz alguns testes para os Stones. Uma vez em Nova Iorque e outra na casa do Ronnie, na Irlanda, depois que eles escreveram as canções do Voodoo Lounge. Eles levaram-me para gravá-las depois levaram-me para a tour. Tudo que eu queria era tocar bem para continuar sendo chamado para tocar com eles de novo”, revelou o baixista, que desde 1994 acompanha os Stones.
Darryl era um fã dos Stones antes de trabalhar com a banda? “Todo mundo que cresceu nos últimos 40 anos é fã e devoto de algumas canções dos Stones, mas eu não era um aficcionado. Eu não tenho um album favorito dos Stones. O Exile é ótimo. Só que há canções matadoras em todos os álbuns”, declarou, acrescentando que pretende sempre ser chamado para tocar com os Stones, porque “é mais divertido do que as pessoas podem imaginar e porque logo percebeu que poderia tocar com a banda sem alterar o seu estilo”.