Nosso amigo italiano Isy Araf, que já contribuiu com o blog enviando seu relato sobre o show que viu em Zurique, estava presente ontem em Berlim, e nos enviou o seguinte depoimento sobre esse concerto.
Por Isy Araf, de Berlim
Finalmente, Berlim. Meu segundo show da turnê 14 on Fire depois de Zurique, no mais belo local de show da turnê, a Arena Waldbühne, que é um lugar espetacular dentro de uma floresta. 
Um palco menor e mais espartano do que o de shows em estádios, no qual eu tinha uma visão maravilhosa do palco, arena e público. Havia uma grande expectativa por parte de todos os fãs a respeito do setlist, pois todos esperavam por algo especial. Pessoalmente, eu tinha certeza de que nada iria mudar em relação aos shows em estádios. Com essa opinião em mente, Waiting on a Friend foi a única pedra preciosa diferente das que já tivemos. Os Stones inovaram muito pouco seu setlist em uma semana, e é impossível pensar que eles nos deem o que desejaríamos. Ainda assim, deve ser respeitada a sua decisão e na minha opinião é sempre o melhor espetáculo de rock’n’roll que existe até hoje. Mesmo que os Stones já tenham passado dos 70 anos, ainda assim nunca deixam de nos surpreender. Não vou fazer um rewiew música por música, pois já há o suficiente na web, então vou passar um breve relato do que vi no show. 
Eu vi Keith em uma forma excepcional, tanto física quanto musical, como eu não via pelo menos desde a turnê Forty Licks de 2002/2003 (para ficar claro, antes do acidente em Fiji, em 2006). Para mim, a noite passada foi a melhor dos Stones e isso é uma novidade! Acho que Keith tocou muito bem, estava sempre presente e focado, sempre sorrindo, com bons solos e muitas vezes corria de um lado ao outro do palco. 
Mick grande como sempre, mas, talvez, um pouco menos que em Zurique. Acho que talvez tenha sido por causa do calor escaldante que tem feito nestes dias em Berlim. Ronnie também foi melhor que em Zurique, mas ainda assim fez definitivamente um grande concerto ontem à noite. 
Mick cometeu alguns erros: em Out Of Control ele perdeu completamente o tempo da música e depois de quinze segundos, graças à intervenção de Chuck Leavell, conseguiu acertar. Pode soar banal, mas o tema que mais me agradou foi Jumpin’ Jack Flash. O riff de Keith e o poder que ele desencadeou foi incrível. Eu fiquei realmente animado por vê-lo assim. Midnight Rambler e Gimme Shelter foram tocadas em alto nível, embora eu tenha achado a primeira parte deste show menos emocionante do que em Zurique. Encontrei amigos da Itália e do resto da Europa, e é sempre um prazer vê-los nessas ocasiões. 
Próximo show para mim: Viena!

Foto Rolling Stones Itália