Com o show desta quinta-feira na U Arena cheguei ao meu modesto 18º concerto dos Rolling Stones. E tenho certeza. Das apresentações que vi, os Stones fizeram show top 5 nesta noite.

A gente sempre fala muito sobre os erros que a banda comete, o que é natural em shows realmente ao vivo, mas não há nada a apontar desta vez. Os Stones foram perfeitos. Até os riffs de Brown Sugar e Start me Up, nos quais Keith adora se atrapalhar, foram excelente, perfeitos.

Ouvir Under my Thumb ao vivo com Let´s Spend the Night Together na sequência fez eu reviver a tour de 1981, ao Still Life.

Mick segue endiabrado. Correndo menos, mas dançando mais. Ele segue percorrendo todos os cantos do palco, o que é impressionante para a idade dele. Keith esteve sublime. Muito concentrado e bastante à vontade. Ele parecia estar tocando para amigos num bar. Ele chamou a arena de “my new room”.

Alias, ele merece nota especial. Admito que chorei feito bebê (isso ocorreu em todos os meus 18 shows), quando Keith cantou Slipping Away. Simplesmente indescritível. Não havia como controlar a emoção – e nem havia razão para fazê-lo.

Ronnie está tocando melhor do que nunca. Realmente ele espanta pela vitalidade e por como parece estar feliz e contente por estar em plena atividade e em alto nível.

Tim Ries fez solo de sax muito bom em Miss You. Quando ele deixa de soar tão jazzístico, ele consegue tirar notas muito legais e swingadas. Ocorreu isso desta vez.

O público francês está longe de ter a vibração sul-americana, mas participou do show do jeito deles, animados, mas sem “soltar a franga” totalmente.

Eu estou caindo de cansado e preciso dormir. Mas tenham certeza. Foi um grande show. A banda está em excelente forma.