Por André Ribeiro
Quando os Rolling Stones encerraram A Bigger Bang Tour em 2007, houve quem falasse que os Stones não conseguiriam mais vender tantos ingressos, e que se tornariam uma banda de shows médios em arenas. A projeção levava em consideração a perna europeia da tour, que por razões específicas do momento, realmente teve resultados abaixo do esperado, com alguns shows, como o de Lisboa, tendo vendido 30 mil dos 47 mil ingressos disponíveis.
Mesmo assim, A Bigger Bang Tour e seus 147 concertos, foi a maior tour de sempre até então, faturando a bagatela de US$558.255,524. E ainda hoje tem o segundo maior faturamento da história.
Bem, a partir de 2012, Charlie não quis mais realizar grandes giras, passando muito tempo na estrada e aceitou fazer pequenas etapas de shows. Assim, 50th and Counting, 14 On Fire, Zip Code e Olé Tour formaram pedaços de uma mesma tour mundial, fragmentada em pequenas etapas entre 2012 e 2016 (e contando).
Se houve uma redução na quantidade de shows, o público e o faturamento cresceram. Neste período, os Stones venderam 100% dos 3.034.136 ingressos colocados à venda em 81 concertos, o que gerou uma receita de US$ 544.358,843. Quer dizer, apenas 14 milhões de reais a menos do que A Bigger Bang, sendo que a banda também fez 66 apresentações a menos. Com os shows de Dallas e Desert Trip, facilmente a marca da tour de 2005-2007 será superada.
Com a totalidade de ocupação em todos os shows, com média de 37.409 pessoas por noite e faturamento médio de US$ 6.720,479, os Rolling Stones continuam sendo os maiores na indústria de tours, sem fazer o menor esforço. Estão muito acima de qualquer outro artista, seja ele novidade ou veterano.
A Olé Tour, que passou pelo Brasil, vendeu 729 mil entradas e rendeu US$ 83,894,323, em 13 concertos, sem contar o show free de Cuba, que reuniu centenas de milhares de cubanos (não há um número certo).
Em Porto Alegre, a banda alcançou o maior público registrado no Estádio Beira-Rio desde a sua reformulação, com 49.073 pessoas, com renda também histórica de US$ 6.441,579.
É isso que iremos ver em Olé Olé Olé: A Trip Across Latin America e em Havana Moon. Muito mais do que números, veremos a maior banda do mundo, de novo, fazendo história.
Fonte: Billboard.
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