O jornal Folha de S. Paulo publica hoje uma matéria sobre os 50 anos dos Stones. É um material frio, sem nenhum tempero, escrito meramente para cumprimento de pauta, sem nenhum interesse especial ou a paixão que o texto mereceria. Mas enfim, mesmo assim aqui têm o trabalho.
Por THALES DE MENEZES, Folha de S. Paulo
Em 12 de julho de 1962, a casa noturna Marquee, em Londres, exibiu na porta um cartaz escrito à mão: “Tonite: The Rolling Stones”. Ninguém naquele lugar sabia, mas a música jovem mudaria muito a partir daquela noite.
Menos criativos musicalmente do que os Beatles -grupo que foi ao mesmo tempo seu rival e espelho-, os Stones funcionaram desde o início como uma antena fincada no mundo pop.
Nenhuma outra banda captou as mudanças comportamentais frenéticas dos anos 60 como eles fizeram. Pelo menos nas duas primeiras de suas cinco décadas de atividade, o que era moderno e bacana passava pelos Stones.
Em seu primeiro show oficial, traziam quase sua formação clássica. Mick Jagger cantava, Keith Richards e Brian Jones tocavam guitarras. O baixista Dick Taylor e o baterista Tony Chapman seriam trocados nos meses seguintes por Bill Wyman e Charlie Watts, criando o quinteto definitivo.
O tecladista Ian Stewart foi relegado a acompanhante porque o empresário achou que ele era feio demais.
Com a morte de Jones, afogado numa piscina em 1969, os Stones teriam mais dois guitarristas: Mick Taylor (1969-1974) e Ronnie Wood, que entrou em 1975.
Mas o coração da banda foi o mesmo por todos esses 50 anos. Jagger e Richards assumiram seus lugares no panteão do rock em 1965, quando, instigados pelo folk politizado de Bob Dylan, compuseram o hino de revolta “Satisfaction”. E deixaram o iê-iê-iê antes dos Beatles.
A dupla tomou uma virada de Lennon e McCartney, mas deu o troco. Diante do revolucionário álbum beatle “Sgt. Pepper’s” e da psicodelia do rock californiano de 1967, fizeram o viajandão “Their Satanic Majesties Request”.
Ele só foi reconhecido como clássico anos depois. O mesmo se deu com a pegada de música negra americana de “Exile on Main St.” (1972) e com o resgate de rock básico de “Some Girls” (1978).
Descobriram a Jamaica e o reggae em 1972, antes de todos os colegas brancos. Flertaram com a música disco em “Goats Head Soup”, em 1973, antes do estouro do gênero.
Mais do que na música, é no comportamento que a influência dos Stones é forte. O que eles vestiam, diziam ou consumiam ganhava imediatamente ares de regra.
Jagger se transformou no roqueiro do jet set, seja na “swinging London” dos anos 60 ou nas discotecas de Nova York na década seguinte.
Até como empresário ele vingou. Enquanto os Beatles -sempre essa comparação!- lançaram uma gravadora e a deixaram morrer, os Stones criaram seu selo, aquele da boca com a língua de fora, e transformaram a banda numa empresa bem-sucedida.
A turnê americana de 1981, a primeira com superpalcos e telões, foi recordista de faturamento por 15 anos, com 3 milhões de espectadores e US$ 50 milhões em ingressos.Em 2006, foi a vez do recorde de público num show: mais de 1 milhão de pessoas na praia de Copacabana.
Por tudo isso, esses 50 anos não são apenas a história dos Stones, mas de todo mundo que gosta de rock and roll.
Só pelo fato, de dizer que os stones eram menos criativos que os Beatles, e dizer que "goats head s.' era um flerte com a música disco(aonde? flerte com a disco e muito pouco foi miss you ), já mostra que o cara que escreveu , além de não entender do assunto, fez meramente por obrigação.
sem dúvida, o cara só cumpriu tarefa e fez de qualquer jeito pra poder ir pra casa logo. não era fã e apenas cumpriu a rotina dele.
uma pena.
fico pensando: qualquer um de nos teriamos o maior prazer em fazer uma materia sobre os Stones.eu ja trabalhei em jornal, uns 20 anos atras, e tinha q brigar com o editor para escrever sobre Rock. As vezes conseguia e era um prazer poder escrever sobre o assunto, escolher fotos e todo o resto.Essa materia da Folha é uma bosta, deve ter sido escrita por algum aborrecido reporter modernoso. Se fosse para falar de alguma bandinha safada atual os caras gozariam pelas bundas.
Pois é, cara. Tem uma menina de uma jornal de SP, que não é a Folha, que tá implorando pra deixarem ela fazer a matéria dos 50 anos dos Stones e os caras só criam problemas pra ela e não deixam ela tocar a coisa.
Todos os dias quase eu falo com ela e trocamos ideias a respeito do texto. Ai a Folha escolhe um cara nada a ver pra fazer um artigo tão importante. Certamente existe dentro da próprioa Folha, fãs dos Stones que poderia ter feito melhor. Mas é assim mesmo, infelizmente, que as coisas são.
Pra tu ver André, quando fez 20 anos de Woodstock, faz tempo, eu trabalhava no caderno cultural de um jornal em Goiania e fui falar com meu chefe sobre isso, o cara mandou :" quem é esse tal de Woodstock?", eu desisti na hora. Obvio q tem gente q pagaria para escrever sobre os Stones mas é dificil, os caras preferem falar sobre qualquer "melhor banda do mundo" da semana.
é complicado, mas tu sabes que esse problema eu não enfrento. Tenho espaço pra escrever sobre os Stones, o problema é que uma página de jornal é insuficiente. Não tem como, to quebrando a cabeça aqui e vai acabar saindo algo como uma crônica, pq é impossível recuperar 50 anos em uma página, ainda cheia de fotos, infográficos, etc.
Precisaria de 10 páginas, de um livro até.
🙂
Andre= alem desse espaço aqui onde mais tu escreve cara?
Este tipo de artigo é para leitores ocasionais, digestão rápida.
Seria um tipo de FastFood, ou melhor, JunkFood do jornalismo.
sem dúvida, Márcio…o alvo é o público geral, mas mesmo assim poderia ter destacado alguém com mais intesse no tema, pra fazer um trabalho mais atraente. Essa coisa fria que saiu, não atrai a leitura de ninguém.
é uma pena mesmo.
Para o público em geral, seria mais interessante depoimentos de pessoas conhecidas falando da influência dos Stones.
Por exemplo, ele citou Bob Dylan. Há uma declaração maravilhosa do Bob Dylan sobre os Stones e como eles são importantes.
Quando se compara Beatles e Stones ( afêe… jargão manjado)!
Pouco se comenta, mas o próprio Paul McCartney já declarou que ninguém domina o Palco como os Rolling Stones.
Aliás como podem comparar (insistentemente) uma banda tão boa de Palco , que está há mais de 50 anos destilando rock, com uma banda pop de estúdio, ruins de palco, que durou 8 anos?
Quase Ninguém diz também que os Stones foram os primeiros a usar um pedal fuzz e ter um hit de sucesso mundial com distorção na guitarra.
Com tudo isso, como o cara pode dispor de tamanha ignorância, dizendo que Bob Dylan, totalmente folk, que teve seu primeiro sucesso mundial lá para 1967, ter inspirado satisfaction? praticamente um hard rock de 1965?
A Geração de roqueiros toda dos anos 80 tinha apenas 1 tripé… O punk rock, a pop music, e os Rolling Stones… que efetivamente colocaram o rock num pedestal depois do lançamento de tatto you e a primeira grande turnê que o cara da folha citou…
Uns mais outros menos, Frejat do Barão, paulo Ricardo do RPM ( que está tentando a liberação dos Stones para regravar "miss you"), o Grupo antigaço Made In Brasil ( aqui da Pompéia em Sampa)são fãs de carteirinha dos Stones, porque não coloca-los numa reportagem falando sobre o grupo ?
Sabe, ideias sobre oq escrever sobre os Stones não falta. No caso do colega que fez o artigo da Folha, faltou interesse.
Mas o jornal imprensa tem outra limitação: espaço. É foda escrever sobre 50 anos numa página, ainda mais se for tablóide (meu caso). Mas enfim, não justifica a preguiça do cara ao fazer a matéria dele.
Em tempo, ao menos o editor da página tentou dar uma esquentada no texto, que chega a queimar de tão gelado.
Talvez até o repórter tenha feito o título e ou sugerido, mas se o fez, foi mais generoso com a chamado do que com o corpo da coisa.
Eu até gosto dos beatos…rsrrsr…..mas sempre fiquei muito puto quando colocam eles como genios e os stones como…a segunda banda, os stones só se aproximaram um pouco deles em 67 com o satanic, fora isso não têm nada haver,o começo de carreira dos stones por exemplo é muito mais interessante que o deles, blues x pop!!! e o final dos anos 60, nem se compara, sem contar que os 4 juaninhas de liverpool nunca fizeram um disco ao vivo( pelo menos oficial) já os stones…só o bruxelas 73 deixa qualquer um no chinelo.
acho que ja comentei aqui o quao ruim é a midia e principalmente esses "musicos" de foruns em relação ao stones. ainda mais em um pais como o nosso que valoriza muito mais os outros, quem ja morreu ou parou.
essa de quem é woodstock foi muito boa hehe
andre, afinal tu trabalha pra que midia no rs?
abs
sorry, meu velho, mas vida pessoal não tá no nosso cardápio.
🙂
a minha "crônica" tá quase pronta e assim que ela seja publicada, eu posto no blog.
ela não tem a intenção de resgatar a história de 50 anos dos Stones, mas de mostrar, um pouco, a importância desses caras, que vai muito além da musical.
saludos
Hoje em dia , artista da música tem que ser muito bom de palco, quem não for tá frito, literalmente.
A tecnologia a cada dia que passa elimina mais a possibilidade de um artista viver exclusivamente da venda de discos.
Os Stones sempre foram bons vendedores de discos, mas a vendagem era até pequena quando comparada ao sucesso dos shows.
Até nisso ele foram à frente do seu tempo.
por essas e outras, a muito tempo eu digo uma coisa para meus brothers da vida pessoal: Stones é para quem merece….
alguem sacou?!! se a grande midia brasileira não sabe fazer uma matéria decente dos 50 anos, pouco me importa, os caras(Stones), ja fizeram a deles….e graças a Deus, eu posso escutar a hora q me der vontade…
RODRIGO SANTANA
Putz, texto ruim da porra! É simplesmente impossível falar da história da humanidade sem mencionar os Stones e o cara me aparece com esse lenga-lenga de 'em comparação com os Beatles…', cara isso é muito chato! Bom, pelo menos eu conheço esses rapazes londrinos a mais de 40 anos, não preciso de um jornalista que só sabe escrever sobre eles com o google aberto. Por isso que, para me manter atualizado sobre os Stones, leio sempre um blog aí. Um tal de Stones Planet Brazil!
Caramba, rapá. Falei em ti faz uma hora. E tu me aparece aqui. Isso eu chamo de transmissão de pensamento.
Volte sempre, Mário Stones!
numa boa matéria ridícula aliás a falha de s.paulo não surpreende ninguém.rolling stones é eterno simplesmente já os mauricinhos de liverpool nunca me disseram nada.
Eu escuto o Goats head Soup desde 1997, e nunca percebi que ele tinha levada disco. Preciso ouvir de novo para notar o disco no álbum, será que está em Angie?
Francamente, era melhor que não tivesse escrito nada, e bitous fede eternamente.