O ex-guitarrista dos Stones, Mick Taylor, fala em entrevista ao site inglês EDP24 porque deixou a banda em 1974, depois de ficar apenas cinco anos no grupo. “No período em que eu deixei a banda eu estava muito para baixo”, disse Taylor. “Foi um momento triste para mim e, provavelmente, para o resto da banda também”, acrescentou. Mick Taylor proseguiu dizendo que “tudo ocorreu após o lançamento do álbum It’s Only Rock ‘n’ Roll, o último dos seis discos que fiz com os Stones. Todo mundo sabe que Keith Richards e Mick Jagger têm brigas sérias de tempos em tempos. Bill Wyman me falou sobre isso também. Ele ficou frustrado com aquilo, mas seguiu na banda”, revelou Taylor, acrescentando que “esse tipo de atrito e o caos podem produzir boa música, mas foi ficando mais difícil a cada dia”.
Mick Taylor lembra que naquela época todos os Stones viviam na França para fugir da grande carga de impostos da Inglaterra. “Eu tinha deixado há pouco de ser um músico fazendo trabalhos por 50 libras por semana. De repente, sem razão, me impuseram um exílio. Eu não tinha problemas fiscais como eles, mas me obrigaram a ir morar na França”, comentou. O guitarrista também referiu não ter se arrependido depois que deixou os Stones, ao menos é o que fala publicamente. “Eu não tenho arrependimentos. Eu não chafurdo na nostalgia. Eu tenho várias outras coisas a lamentar “.
Mick Taylor elogiou os Stones, afirmou que eles encontraram um grande mercado de concertos em estádios, com palcos enormes e foi mais além: “Mick Jagger é muito esperto, muito inteligente e muito divertido. Se não fosse por Mick Jagger, que tem capacidade para organizar as coisas e manter as coisas andando, a banda nunca teria ficado junta. Ele basicamente mantê-los unidos para continuarem na estrada. ”
A amizade com os membros dos Stones não teria acabado depois que ele deixou a banda. “Sou ainda amigo deles, especialmente do Bill Wyman. Eu não vejo o Mick Jagger desde 1999. Mas não há nenhuma má vontade da minha parte”. Para Taylor, “estar nos Rolling Stones foi principalmente muito trabalho e principalmente diversão. Não houve mais excesso ou mais decadência do que em qualquer outra banda de rock daquele momento”, relatou, claramente referindo-se ao consumo de drogas.
Atualmente, Mick Taylor excursiona pela Europa com sua banda. Nos shows, ele costuma fazer algumas versões alternativas de canções dos Stones.