Os Stones provaram que santo de casa faz milagre, sim. E pelo menos 60 mil pessoas estavam no London Stadium para testemunhar. Os Rolling Stones fizeram nesta terça-feira, 22 de maio, o segundo concerto da No Filter Tour. E as feraz saíram mais uma vez das jaulas. E mais uma vez houve surpresas.
É impressionante que senhores de mais de 70 anos continuem enchendo estádios pelo mundo e atuando em tão alto nível. Os Stones estão com sede, fome e atacam os shows com voracidade.
Mick mais uma vez foi incansável. As baterias dele parecem ser intermináveis. O cara correu por todo imenso palco, cantou, dançou e tirou pelo menos dois coelhos de sua cartola de mágico.
O show começou com Street Figthing Man, que é uma largada para mostrar serviço logo de cara. Foi uma versão brutal. Tumbling Dice foi a terceira música do show, que começou pelas 20h30min, quando ainda era dia. E a canção iluminou ainda mais o Estádio Olímpico de Londres. Contagiante e dançante, foi uma das melhores versões dos anos atuais.
Under my Thumb foi o sexto tema, eleita por votação dos fãs pela internet. Saiu muito bem, muito menos lenta do que nas versões da No Filter Tour de 2017.
A grande e espetacular surpresa foi Fool To Cry. Foi a primeira vez que vi os Stones tocá-la e a emoção foi forte. Hoje chegou a meu 21º concerto dos Stones, então, sei bem como a banda sabe emocionar o público quando se dispõe a apresentar algo inesperado.
Keith teve problemas técnicos em sua Gibson Les Paul Junior durante Midnight Rambler. Quando ele começou a tocar, o som cortou. Ele deu futricada na guitarra, ela voltou, mas seguiu dando algumas falhadas. Fora isso, houve alguns pequenos erros, todos eles normais em shows ao vivo.
Keith acertou a mão no solo de Honky Tonk Women. Já Ronnie segue tocando demais. Os solos dele em You Can´t Always Get What You Want e Midnight Rambler seguiram distorcidos e cortantes.
O show terminou com o público quase de joelhos. Os Stones deixaram claro que santo de casa faz milagre, sim. Os londrinos, e nós, estamos aqui para provar.
O próximo show será dia 25, sexta-feira. Aqui estaremos de novo para presenciar e contar para vocês.
Notas de destaque
Antes do show fomos ao VIP Hospitality dos Stones. E outra vez fomos muito bem recebidos. Charlotte Watts, que estava como anfitriã, é sempre muito simpática, atenciosa e acessível. A neta Charlie é uma figura que vai ganhando cada vez mais destaque no staff da banda.
Encerrado o show, pudemos dar abraço e trocar algumas palavras com Doug Postash (Stones Doug), que é criador do Shidoobee, um dos messageboards mais atuantes e acessados pelos fãs dos Stones. Doug é uma lenda viva, um cara que dedicou anos de sua vida aos Stones e que viu tantos quantos que é impossível contá-los. Stones Doug é exemplo e inspiração.
Amanhã, quarta-feira, 23 de maio, as emoções continuam. Nós vamos fazer visita a Cheltenham, a cidade onde Brian nasceu. Vamos ao túmulo do fundador dos Stones e também iremos percorrer alguns dos lugares importantes na história de Brian.
Vamos postar obviamente material nas redes sociais, mas eu promete relatos mais detalhados sobre toda a aventura da volta ao Brasil. As condições técnicas não são as ideias, mas mesmo assim vamos postando informações na medida do possível!
Hora de dormir, porque o dia será longo e cansativo.
Obs.: Eu tenho mais fotos e vídeos, mas vou ter de postar esse material depois.
[…] de ver seis shows da No Filter Tour (três no ano passado e três este ano), confesso que é frustrante acompanhar os concertos pela […]