Na quarta-feira vivi mais uma experiência inesquecível, como tantas nestes 35 anos como fã dos Rolling Stones. Rumei para Santiago, no Chile, onde assisti a uma apresentação espetacular, uma das melhores feitas pela banda nos últimos anos.
Como toda boa aventura, claro que tivemos imprevistos. O programado era que chegaríamos apenas no dia do show, mas a greve dos aeroviários/aeronautas nos obrigou a uma mudança de planos drástica e dramática de última hora. Tivemos de rumar para o Chile na terça-feira. Até que as passagens fossem trocadas, vivemos horas de tensão, já que não conseguiríamos embarcar na data prevista por causa da greve. No fim, chegamos a Santiago na noite de terça, véspera do show.
Demos uma volta pelo centro da cidade na manhã de quarta para matar tempo e comer alguma coisa. A festa de pré-show no apartamento/museu do nosso anfitrião Alex Carrasco seria à tarde.
Eu, Alex e César em encontro histórico |
E a generosidade e hospitalidade do Alex, sem dúvida, foi ponto alto. Em sua casa, pudemos encontrar também o grande amigo patagônico César Bersais e o jornalista argentino Diego Perri (autor de República Stone) e muitos mais. Foram momentos de muita amizade, confraternização, em que pudemos também conferir de perto a imensa coleção de Alex, possivelmente a mais valiosa da América do Sul. Do apartamento, no centro de Santiago, fomos até o Estádio Nacional.
Fomos surpreendidos pela imensa fila para entrar no estádio. Tínhamos ingressos de pista comum, então, levamos uns 40 minutos para podermos ingressar no estádio, o que nos propiciou bonita vista da Cordilheira dos Andes ao fundo.
Como desta vez teremos vários shows para ver estávamos muito relaxados, despreocupados e sem ansiedade. Pudemos aproveitar o show completamente, mesmo estando bem longe do palco e vendo o concerto pelo telão.
O concerto começou com Start me Up, e Keith de cara mostrou estar concentrado, evitando erros mais perceptíveis. A banda deu todos gás logo no começo e já se pode notar que seria uma noite quente. E foi.
Os Stones foram perfeitos, dentro do caos que é uma banda de garagem como eles. Houve muita energia, o que fez o público chileno, que não é animado como o argentino, mas curte o show intensamente, vibrar.
Sem dúvida o grande momento foi She’s A Rainbow, que entrou no set list por ser a mais votada pelos fãs. Foi uma grande versão, emocionante. Só isso já teria valido a viagem ao Chile.
Uma das questões da noite era Sasha Allen, que tinha a difícil tarefa de substituir Lisa Fischer. Sasha cantou bem, mas senti muito a falta da Lisa por sua potência vocal em números como Tumbling Dice especialmente em Gimme Shelter, em que a novata, claro, ainda não tem o carisma de Lisa.
O show transcorreu em alto nível e mais uma vez You Can´t Always Get What You Want foi de literalmente levar às lágrimas.
O show foi rendondinho, deu tudo certo, houve poucos erros, nenhum vacilo grosseiro, o estádio estava lotadíssimo. Foi uma grande festa. Das melhores de sempre, tanto pelo show quanto clima criado pelo Alex Carrasco ao nos receber tão bem. A próxima parada é La Plata. Dia 7, os Stones voltam aos palcos. Eles já estão na Argentina. A nossa próxima parada pessoal é La Plata, dia 10.
Amanhã a gente posta mais fotos, vídeos e fala mais sobre o show. Cama agora.
Fim de festa em Santiago. |
Pelos vídeos achei Sasha Allen nota 10, a copia de Lisa.
Tambem gostei bastante de Sasha. Acho que Lisa vinha inventando demais ultimamente em Gimme shelter. Gostava bem mais da versão dessa musica na turne Bridges to Babylon onde ela fazia um solo basico e perfeito, sem firulas.
Exatamente José.