Você quer ver como os Rolling Stones são na realidade? Como eles tocam de fato, sem qualquer maquiagem, overdub ou tecnologia que possa de alguma forma alterar a essência do som da banda? Então, você não pode perder o documentário Sticky Fingers Live, que traz o show do Fonda Theatre, em Los Angeles, onde os Stones tocaram em 2015 o álbum Sticky Fingers ao vivo na íntegra.
O show foi lançado em home vídeo, CD e LP em 29 de setembro. Mas eu prometi a mim mesmo, e ao Cristiano Radtke – um dos 700 felizardos que estavam no concerto -, que só veria o documentário quando eu o tivesse em mãos, tivesse o disco físico. Para um fanático como eu, isso não é mole, mas como eu estava envolvido com a No Filter Tour e com a viagem para assistir aos três últimos shows de Paris, eu consegui segurar a onda.
Apenas ontem eu assisti ao DVD completo. E como sempre digo, os Stones têm uma capacidade de superação inesgotável. Sticky Fingers Live mostra uma banda em plena forma. Você pode imaginar que isso é opinião de fã, e obviamente é mesmo, mas se você assistir a esse DVD e não ficar boquiaberto, aconselho a procurar um médico, pois tem problemas auditivos – ou um péssimo gosto musical.
Alguém que não acompanha os Rolling Stones de perto poderia imaginar que o filme traz um grupo de velhos decadentes. É normal que pessoas menos informadas pensem isso. Mas o que você vê no vídeo são os Stones quebrando tudo, botando a casa abaixo, da mesma forma que fizeram, por exemplo, nos três recentes concertos parisienses da U Arena.
Documentário Sticky Fingers Live traz os Stones em estado puro
A diferença central é que no Sticky Fingers Live os Stones tocam num pequeno clube para um punhadinho de fanáticos e não numa grande arena para 40 mil pessoas. Não há telão, não há efeitos, não há tecnologia avançada. Há uma banda com músicos de primeira qualidade fazendo um show incrível, tocando canções sensacionais e que resistem como clássicos há 46 anos.
As versões de Can´t You Hear me Knocking, Moonlight Mile, I Got the Blues e You Gotta Move, apenas para citar quatro temas, são inexplicáveis. Como Keith e Charlie dizem no filme, Bobby Key fez e faz muita falta. Mas Karl Denson estava em noite inspiradíssima e fez um tributo muito honesto ao ídolo, tocando as linhas de sax com visível inspiração do estilo do mestre texano.
Ainda para ficar em Can´t You Hear, Ronnie faz um solo sujo, distorcido, barulhento, extremamente stoneano. A banda entra no clima de jam na parte final da música, tornando o momento impressionante. É uma overdose de satisfação musical.
Berros emocionados
Em várias canções, aliás, você pode ver o Cristiano berrando as letras emocionado. Confira em Sway, Dead Flowes, I Got the Blues e All Down the Line (nos extras). É fácil perceber porque o cara ficou tão tocado por esse show. Ele não estava vendo os Stones a apenas três metros de distância do palco, e cercado de amigos fãs, ele estava assistindo a uma apresentação histórica e memorável.
Sticky Fingers Live é daqueles lançamentos sem negociação. Se você é fã dos Rolling Stones, não pode deixar de tê-lo em sua coleção. E se você não for fã da banda, assista-o, porque passará a ser.
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