Pintura de Tom NollMuitos fãs dos Stones por todo o mundo tornam-se grandes colecionadores de memorabília sobre a banda. Levando-se em conta que os Stones estão na estrada há 46 anos, é fácil imaginar a imensa quantidade de itens a serem colecionados. Alguns desses fãs acabam tendo verdadeiros museus stoneanos em suas casas. Um desses casos é Marcelo Tejera, nosso irmão argentino. A nosso pedido, viejoRolinga, como Marcelo é chamado no universo stoneano, escreveu breve artigo falando um pouco sobre sua valorosa coleção dos Stones.
Marcelo Tejera (viejoRolinga – Buenos Aires)
Em 35 anos como fã dos Rolling Stones eu tive diferentes objetivos de coleção. Ao viver “no fim do mundo”, na Argentina, e estar alijado dos grandes centros de consumo, especialmente Estados Unidos e Europa, é difícil, quase impossível, criar coleções gerais, seja pela falta de material ou pelas diferenças econômicas, às quais, para que quem vive nesta parte do mundo, é quase impossível conseguir artigos de primeiro nível.
Desta maneira, é preciso ser criativo para obter material dos Stones. Tem-se de criar uma forma, seja qual for ela. Pode ser por meio de trocas (os 1.112 dvds relacionados aos Stones que tenho são os maiores tesouros da minha coleção), pode ser por compra pela internet, ou pode ser ainda aproveitando viagem de algum amigo ou familiar para a Europa ou Estados Unidos, aceitando presentes de amigos de outras partes do mundo ou procurando nos rincões mais insólitos.
Assim, a minha história é a história de todos os fãs e colecionadores dos Stones, de todos nós que amamos a maior banda do planeta. Ao longo do tempo fui conseguindo material de todo tipo, alguns com valor incalculável para mim. Entre os mais importantes estão os 1.112 dvds, o santuário do Their Satanic Majesties Request (na minhão opinião a melhor capa de disco dos Stones), os 500 cds dos Stones, bonecos de todo tipo, uma imensa quantidade de camisetas, fotos e quadros, livros, etc.
Meu apartamento foi batizado por amigos espanhóis de “La Mansion Stone” (certamente há mansões muito maiores, com tesouros stoneanos imensos, porém desfruto da denominação) e foi ganhando um perfil e visual completamente Stone. Isso não tem valor, pois todos da minha família devem compartilhar da minha loucura e aceitá-la. Olhando a minha casa, verão quadros e quadros esparramados pelo chão. Já não há mais paredes livres para seguir ampliando, porém a loucura cresce e cresce e a paixão pelos Stones perdura e aumenta mais e mais. Assim, sempre existirá algum lugar para um quadro ou fotografia a mais.
Obra de Daniel TefoeEntre os quadros que se encontram em minha casa existem quadros de Michael Cooper, um Their Satanic Majesties Request pintado pelo argentino Patricio Barthe, fotos com Andrew Loog Oldham e Bernard Fowler, autógrafos dos Stones e muito mais. Entre minhas últimas aquisições está uma pintura de Keith feita pelo meu amigo norte-americano Tom Noll. Espero que aproveitem. Os Stones são uma forma de vida. Obra original de Michael Cooper
Sem Comentários