Por Juan Ignacio Muñoz**
Que título fácil? Pouco inspirado e quase óbvio?
Acreditem amigos, que é perfeito para o histórico concerto dos Rolling Stones no Deserto de Coachella, em 7 de outubro de 2016. Uma multidão impressionante, um lugar atípico, um trânsito em colapso, que nos colocava em desespero porque faltavam 5 quilômetros para caminharmos ao descermos do ônibus até alcançarmos nosso oasis no deserto.
O céu da Califórnia estava vermelho. Caminhamos observando a paisagem sem reduzir o passo, já era noite ao chegarmos.
Bob Dylan soava extraordinário. Sua voz gasta estava muito bem, os telões mostravam muito pouco de sua figura. Sua música era acompanhada de imagens retrô em branco e preto. Porém Bob não deixou o palco quente. Seu repertório abusou das baladas bluseiras e se tornou monótona a espera pela maior banda do mundo.
Às 21h40min saíram os Rolling Stones. A introdução tinha a temática do deserto, deixando a da Olé Tour para trás. Senhoras e senhores: Os Rolling Stones! E começou o concerto espetacular num lugar maravilhoso.
Fazia tempo que não tocavam 20 canções e o fizeram. Novo disco de blues e apresentaram aqui um tema, Ride Em On Down, e uma dos finais dos anos 1980, que não tocavam há muito tempo: Mixed Emotions. E agora? Estão prontos? Mick perguntava e tirou uma bomba para os livros: Come Together, dos Beatles.
Fazia tempo que não tocavam 20 canções e o fizeram. Novo disco de blues e apresentaram aqui um tema, Ride Em On Down, e uma dos finais dos anos 1980, que não tocavam há muito tempo: Mixed Emotions. E agora? Estão prontos? Mick perguntava e tirou uma bomba para os livros: Come Together, dos Beatles.
Não era um cover, não era uma canção a mais. Foi um gesto de grandeza, era presentear as 100 mil pessoas com um momento comovente da história do rock. O público não esteve à altura e Mick ficou desanimado. Acreditem, amigos, foi assim.
Parecia que estava dizendo: Ah, vocês não entendem nada e antes de seguir com Tumbling Dice disse: “Bom, agora vamos com uma dos Rolling Stones”.
Foi um setlist memorável. Ronnie toca mais e mais. Keith pifa e segue. Tocou dois temas de seu repertório e subiu o volume da guitarra como um energizante. Charlie indestrutível e o frontman saiu insatisfeito do palco, porque procura um coração que bata igual ao seu. Está buscando e na Argentina se ouve ruído similar. Voltem e não saiam mais.
** Juan é argentino e dono do 40×5, bar temático de Buenos Aires.
Show memorável
Por Márcio Figueiredo
Tive as mesmas percepções do Juan Ignacio Muñoz. Showzaço!!! No entanto, se Mr. Mick quer “confusão” e agitação no público, precisará voltar logo para a Argentina e para o Brasil, em especial, para Porto Alegre. Impecável o festival em organização , apesar de algumas filas para comprar comida. Mas isso é normal. Lugar impecável, que eu ainda não conhecia!! Memorável !!! Partindo, agora, para mais 4 shows, para então guardá-los todos para sempre na memória !!!
Sem Comentários