Por Carolina Jung

Ele é o poderoso chefão dos Stones. Poucas pessoas possuem a grandeza de ter seu nome conhecido por praticamente todo mundo. São raros os mortais dignos de receber o título de “Sir” da raínha da Inglaterra. São escassos os homens que possuem um talento nato de cativar, entreter e convencer os outros. Ele é único a unir tudo isso e ainda ser o frontman da melhor banda de rock’n’roll de todos os tempos. Obviamente estamos falando de Michael Philip Jagger.

Desde pequeno, essas características eram muito fortes em Mick Jagger. Ótimo aluno, ele chegou a frequentar a London School of Economics e pensou em seguir a carreira política, até que a vida o levou a outros caminhos.
Mike, como era conhecido entre os amigos, nasceu em 26 de julho de 1943, em Dartford, no Condado de Kent, sudeste da Inglaterra. Na mesma cidade nasceu Keith Richards, só que alguns meses depois. Mick e Keith foram vizinhos na infância e chegaram a frequentar a mesma escola.

Desde sempre ligado ao blues

Filho de um professor e de uma dona de casa, desde cedo Mick estava antenado no cenário musical do outro lado do Oceano Atlântico, tendo como paixão o blues que efervescia no sangue de artistas como Muddy Waters e Howlin’ Wolf.

Mick era uma pessoa de muitos amigos e tinha vários contatos estratégicos. Por isso era capaz de importar discos dos Estados Unidos, o que era caríssimo. E foram alguns destes álbuns que provocaram o famoso encontro com Keith na estação de trem.

Em 17 de outubro de 1961, Mick chega à estação de Dartford carregando dois discos: Rockin’ at the Hops, de Chuck Berry (outra grande influência dos Stones), e The Best of Muddy Waters. Keith amava Chuck Berry e tinha referências sobre Waters, mas ter os discos na mãos?

Ali começou a grande amizade que levaria mais tarde à criação dos Glimmer Twins, como Jagger e Richards assinavam as produções dos Rolling Stones.

A partir da formação da banda, quando tudo começou a criar forma, Jagger sentiu-se seguro para largar a London School of Economics e focar totalmente na carreira musical.

Mick era capaz de performances incríveis, de dançar em palcos muito pequenos. Jagger aprendeu aos poucos a tocar harmônica, muito de ouvir velhos discos de Little Walter e de ver o parceiro Brian Jones tocar o instrumento.

Poderoso chefão

O frontman dos Rolling Stones não é somente um excelente cantor performático. Ele está envolvido em tudo o que diz respeito à banda. Jagger toma conta de todos os detalhes e nada é feito sem o seu “ok”.

Sua vitalidade no palco é invejável e aos 74 anos ele irá encarar mais uma turnê Européia ainda esse ano. Para manter o pique, ele faz caminhadas, natação, dança e tem muito cuidado com a alimentação.

As mulheres sempre foram um capítulo relevante na vida de Mick Jagger. Ao todos, são oito filhos de cinco mulheres diferentes. Casou-se apenas duas vezes, com Bianca Jagger e Jerry Hall (união nunca reconhecida formalmente)

Mick Jagger é o poderoso chefão dos Rolling Stones. É um tipo invejado por todo mundo, mas a sua inquietude o faz muitas vezes perder o rumo, lançando-se em projetos desastrosos como a Superheavy. De qualquer forma, é o ecletismo de Jagger, sempre controlado por Keith, que faz os Stones irem muito além do blues e do rock and roll.
Indomável, Jagger ainda quer muito mais. E vai nos dar ainda muito mais.


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