A banda Stoneanos faz show nesta sexta-feira (22/12) no Abbey Road Bar, de Novo Hamburgo. Sempre com apresentações cheias de vibração, os caras vão tocar alguns dos grandes clássicos dos Rolling Stones e também um punhado de canções nem tão conhecidas assim. Além do baita show do grupo, que é muito famoso no Vale dos Sinos, o evento contará também com a loja itinerante de Stones Planet Brazil, que terá à venda vários CDs, DVDs e livros dos Stones e de outras feras do rock. O Abbey Road Bar abre às 22h.

Nós fizemos uma breve entrevista com o Helinho Feltes, que é guitarrista e um dos fundadores da Stoneanos. Além de bom músico, o cara é gente fina, um sujeito muito da paz. Vale a pena ler para saber um pouco mais sobre a banda.

Helinho é um dos fundadores da banda e faz a guitarra de Ronnie Wood nos shows

Stones Planet Brazil – Como e quando a stoneanos surgiu? Qual a ideia da banda? É reproduzir o som dos stones ou fazer releituras?
Helinho Feltes – A Stoneanos surgiu há um bom tempo, em 2001. Eu e o Cristiano (baixista) tínhamos uma banda de blues, mas queríamos ter outro projeto paralelo. A ideia de tocar Stones já vinha de mais tempo, mas o problema era achar músicos para isso. Não é qualquer um que faz a guitarra do Keith ou faça o Mick sem parecer uma caricatura.
E a simbiose entre duas guitarras sempre é uma coisa difícil, o cuidado com os timbres, enfim… tudo bem difícil. E queríamos aquela sonoridade mais visceral e blues da década de 70. Mas naquele ano conhecemos um guitarrista perfeito, o Régis, e aí deu o estalo. Convidamos o Tiago que já tocava com a gente para os teclados, e para batera um grande amigo meu, o Giano, stoneano até a alma.
O Zã era vendedor numa loja de instrumentos e se dispôs a fazer o teste de vocal. Foi tudo muito rápido. Em poucos dias a banda estava formada e com show marcado. Nestes anos todos, a banda teve algumas mudanças na formação, mas sempre manteve a base. Ficamos alguns períodos curtos parados, mas a chama sempre acesa.
A ideia não é reproduzir as músicas, mas fazer releituras sem perder a característica e sonoridade original. Por isso o nome da banda é Stoneanos – Tributo aos Rolling Stones.

SPBR – Os shows da stoneanos são sempre muito animados. A banda é muito querida no Vale dos Sinos, e o Zã é um show à parte. Como essa relação com o público foi criada?
Helinho – Acho que esta relação foi construída com o tempo, mas te confesso que já no primeiro show, lá em 2001, a gente teve um feedback muito bom do público. Ali a gente já viu que a coisa podia ir longe. E a banda sempre foi formada por amigos, e esse clima de parceria e descontração entre a gente passa para o público. E claro, os músicos são bons, sem isso a coisa não andaria. Então, acho que o reconhecimento e a empatia com o público se dá por este conjunto: nossa amizade, uma performance de palco bacana e a boa qualidade dos músicos.

SPBR – Vocês têm um integrante novo, o Rafael Guimarães, que toca na Hot Licks também, e que para mim é um dos melhores “Keith Richards” cover do Brasil, e um dos melhores do mundo. Que acréscimo a presença dele traz para a banda?
Helinho – Nossa! Muita qualidade. Concordo que ele está entre os melhores Keith que existem, e isso diz tudo. Ele é muito perfeccionista e conhece Stones como poucos. E também exerce aquela liderança durante o show, de dar o timing, puxar as músicas, bem na linha do Keith. Então, acho que ele trouxe tudo isso: qualidade musical, conhecimento e segurança. E também se mostrou um parceiro e amigo.
Além do Rafael, temos um novo batera, o Luciano Sapiranga, que é um músico experiente, que tocou na Barata Oriental, que marcou época no rock gaúcho dos anos 80. Ele também passa muita tranquilidade e segurança para a banda, bem na vibe do Charlie Watts.

SPBR – O Abbey Road é um bar muito bem frequentado em novo hamburgo. Tem público cativo e extremamente animado – ainda tem um bom sistema de som! Como é tocar numa casa que oferece essas boas condições? Porque é duro achar bons locais para tocar.
Helinho – A gente sempre diz que o Abbey é nossa casa. Não é exagero. Muito do sucesso e longevidade da banda se deve ao Abbey, que sempre nos deu oportunidade de tocar lá. Mas é uma parceria boa para os dois lados, porque sempre levamos um bom público. Nesses anos todos, tocamos em centenas de lugares, mas sem dúvida o Abbey é o melhor deles, por tudo o que você falou. Um típico pub de rock, com público participativo e ótimas condições para a banda, muito diferente da maioria dos lugares.

SPBR – Quais os planos da Stoneanos para 2018? Seguir buscando shows pelo Vale dos Sinos, ir para outras regiões? Ou o lugar da banda é mesmo o Vale dos sinos?
Helinho – Todos os músicos têm outras profissões e também tocam em outras bandas, o que dificulta viagens para muito longe. Além disso, nunca tivemos um empresário que fizesse essa divulgação e venda de shows, sendo que este trabalho é feito pela gente mesmo.
Então, te diria que sempre há interesse em ultrapassar fronteiras e tocar com mais frequência, mas isso depende de compatibilizar as agendas e de fazer um planejamento maior. Neste momento, a ideia é focar na Região de Porto Alegre, Vale dos Sinos e Serra do Rio Grande do Sul. Mas como falei, estamos abertos a qualquer oportunidade.

A banda Stoneanos é formada por

Zã Stoned – vocal

Helinho Feltes – guitarra

Rafael Guimarães – guitarra

Cristiano Feltes – baixo

Tiago Dandrea – teclados

Luciano Sapiranga – Bateria

Contato para shows: (51)984140730 – Helinho ou (51)999781262 – Cristiano.