Nós tivemos a oportunidade de ouvir o disco novo de Keith Richards, Crosseyed Heart, e vamos dar nossa opinião a respeito do que escutamos, faixa por faixa.
1. Crosseyed Heart – Trata-se de um blues de raíz, tocado ao violão. Típico de Robert Johnson. Keith toca e canta como se fosse um dos velhacos dos primórdios do blues.
2. Heart Stopper – É um rock com vocal sussurrado. Tem levada moderna, mas na medida, sem superar os limites, o que Keith jamais faria. Tem uns teclados meio à anos 80.
3. Amnesia – Começa com a bateria marcando o ritmo, como se batendo num metal. Ai tem um “uhh”, que lembra um pouco os discos do Mick. O ritmo é sempre bem marcado. É uma faixa que transita também entre o contemporâneo, os anos 80 e o Keith tradicional.
4. Robbed Blind – Balada sensacional, com slides country. Lembra algo de The Worst e Make no Mistake. Certamente um dos pontos altos do disco. O solo ao violão é fenomenal. Keith está aqui em sua essência.
5. Trouble – Todos já ouviram.
6. Love Overdue – É um reggae que começa com naipe de metais. Típica faixa de Jimmy Cliff. Tem backing vocais bem bacanas. Te leva à Jamaica.
7. Nothing On Me – Faixa clássico do estilo Keith, com guitarras sujas, opens gs, e todos os segredos dele. Rock à Keith. A bateria neste disco parece mais baixa do que nos anteriores. Soa melhor.
8. Suspicious – Outra balada. Tipo uma Wicked as It Seems bem lenta. Outro ponto alto. Nesta altura Keith se destaca muito mais pelas baladas do que pelos rocks energéticos. Podem me chamar de louco, mas senti em alguns momentos uns acordes que me lembraram melodias do Iron Maiden, uma coisa levemente fantasmagórica.
9. Blues in the Morning – Rock cinquentista à Jerry Lee Lewis ou Little Richard.
10. Something For You – Começa com vocais em capela e em seguida vem a bateria marcando o ritmo. Rock stoneano, com backing vocais bastante destacados.
11. Ilusion – Keith canta com Norah Jones, uma balada jazzística. Eles fazem uma dupla muito bem afinada, as vozes casam muito bem. Keith deveria fazer mais trabalhos com Norah Jones, talvez até um disco todo, mesclando jazz e country. A faixa, de muito bom gosto, foi composta por Keith e Norah.
12. Just a Gift – Mais uma balada certeira.
13. Good night Irene – Canção acústica, em que Keith diz ter tocado um “mandolin brasileiro”. É uma balada com pitadas de blues e country.
14. Substantial Damage – Rock dispensável, sem grandes atrativos. Tem uns slides bacanas, mas não traz nada de novo. A batida vira batucada.
15. Lover´s Plea – Nas baladas o disco cresce muito. Como acontece nesta faixa. Muito bonita canção, meio Slipping Away ou All About You. No fim a faixa ganha tom soul, tipo, “How That’s Strong My Love Is” ou “Nearmess of You”.
"podem me chamar de louco" Keith é um ótimo vocalista também.
Não tive o privilégio ainda de ouvir todas as faixas .
NO fim desse épico video de 2013 ele sai do palco ovacionado pela platéia e aplaudido por ninguém menos do que Eric Clapton.
https://www.youtube.com/watch?v=C1Fn2hRzdNc
Mas ele é mesmo. No estilo dele, que é ótimo.
André
Até que enfim leio uma crítica sobre o disco com conteúdo.
Fala das faixas, muito legal, muitos detalhes e deixa um gostinho de que o que vem por aí é um disco mais calmo, mas com qualidade.
Parabéns, dá para saber mais ou menos do que se trata o disco.
Cara, li a crítica da 'Isto é' e foi uma babaquice do início ao fim, com frases feitas tipo "keith e sua voz moldada a cigarros, whisky e outros aditivos" blá, blá, bla.
Não falou nada do disco, isso que referiu que fez audição em um estúdio NYC.
Bom, estou aqui mais para te elogiar pelo teu excelente trabalho.
Parabéns, meu velho, grande abraço e boa semana.
Betones
Obrigado, Betotones.
Eu acho que esse tipo de crtica em grandes veiculos ocorre pq os caras falam pras massas e ai usam todos os clichês que sabem q os leitores em geral vão apreciar e que esperam isso. E tb pq usualmente qm escreve não tem conhecimento maior sobre oq está escrevendo, conhece genericamente e conhece tb apenas os clichês. Logo, é isso que lemos.
Felizmente aqui a gente pode escreve oq quiser, então, estamos mais livres.
abração