Era uma quinta-feira quente. Fazia um calor do cão dentro do acanhado Marquee Club, situado na Oxford Street, 165. Naquela noite de 12 de julho, uns guris que gostavam de blues e que respondiam por “Rollin’ Stones” fizeram show no pequeno pub para meia dúzia de gatos pingados. Hoje, 55 anos depois, a maior banda de todos os tempos comemora mais um aniversário. Eu não vou contar toda a história dos Rolling Stones neste artigo, mas vocês podem ler bom resumo do papo no E-book produzido por nós e que pode ser baixado gratuitamente aqui.
Muitas pessoas podem achar uma imensa pretensão chamar os Stones de melhores disso ou daquilo. E muito provavelmente, elas têm razão. Os Rolling Stones nunca foram – e seguem não sendo – músicos virtuosos, uma super banda de gênios da guitarra. É provável que existam inúmeras bandas melhores. É capaz até de a sua banda ser superior ou mesmo que os garotos que tocam na garagem do seu vizinho mandem ver muito mais.
A melhor pior banda do mundo
Ainda assim, os Rolling Stones são a “melhor pior banda do mundo”. E nunca vai haver nada igual. Sabe aquelas “merdas” estupendas que Keith Richards faz? Como ele cansa de arruinar os riffs de Brown Sugar, Start me Up ou Tumbling Dice nos shows? Pois é, ninguém mais no universo é capaz de fazer uma atrocidade dessas, dar uma risadinha como se nada tivesse ocorrido e seguir errando tudo pelas duas horas seguintes de forma tão genial.
Os Rolling Stones nunca deixaram de ser uma banda de garagem. Eles tocam até hoje para milhares de fãs em imensas garagens. Eles não são os maiores porque fazem solos em velocidade de Fórmula-1. Os Rolling Stones são os maiores porque são autênticos, verdadeiros. Eles são crus, são diretos e são capazes de dar vida a três acordes como ninguém mais.
Muito mais do que apenas rock and roll
Os Rolling Stones são atitude, são exemplo de vida, de persistência, de amor pelo que fazem. Os Rolling Stones venderam 240 milhões de discos, fizeram mais de 2 mil shows, faturaram quase 3 bilhões de dólares em venda de ingressos apenas de 1989 para cá. Poderiam fazer o que quisessem. Até mesmo fazer nada.
Mas não. Mick Jagger é incapaz de ficar em casa cuidando dos netos, tomando chá das 5h e jogando gamão. Mick quer percorrer o mundo, quer aplausos, quer fazer filhos. Mick Jagger quer viver.
E não apenas ele. Keith, Ronnie e Charlie são também irrequietos e precisam tocar, precisam conhecer lugares diferentes. E mesmo com mais de 70 anos, ainda querem ir aonde nunca foram, como ocorreu recentemente na Olé Tour, quando tocaram em Montevidéu, Porto Alegre, Lima, Bogotá e Havana, cidades que nunca estiveram em seus roteiros de shows.
Os Rolling Stones são os maiores do mundo, porque ensinaram a todos como é uma banda de rock and roll de verdade. Eles ensinaram o que e como uma banda deve tocar. Os Stones mostraram como agir e como não agir.
Os Stones declararam guerra contra a caretice, a chatice, a mesmice. Eles foram perseguidos, presos, estiveram à beira de overdoses e sobreviveram para contar a história através de suas músicas.
Vitória sobre a chatice
Os Stones ganharam a guerra. Fizeram políticos, milionários e autoridades puxarem o seu saco. Eles fizeram os engomadinhos os tratarem como chefes de estado. A importância histórica, cultura e moral (sim, moral) dos Rolling Stones os tornaram figuras influentes e cobiçadas pelo establishment, que deu ao ex-condenado Mick Jagger um título de nobreza, Sir Mick Jagger.
Por tudo isso e por muito mais, mesmo que seu filho de 10 anos tenha mais habilidade com a guitarra do que Keith Richards ou Ronnie Wood, os Rolling Stones são a maior banda no mundo. Na verdade, há muito tempo eles deixaram de ser uma banda de rock and roll e se transformaram num estilo de vida.
Homenagem que vem de longe
O artista espanhol Tinot Asso se dedica a fazer desenhos e pinturas com motivos stoneanos há quase uma década. O cara já teve seu trabalho reconhecido através das redes sociais pelo próprio Ronnie Wood.
Fã de carteirinha do guitarrista descabelado, Tinot não pensou duas vezes em aceitar nosso convite e fez desenho especial para os 55 anos dos Stones. É este trabalho que temos na foto principal do post. Na imagem, temos todos os sete Rolling Stones: Mick, Keith, Charlie, Bill, Brian, Ronnie e Mick Taylor.
Um estilo de vida
Ao longo dos 55 anos de sua trajetória, os Rolling Stones arrebataram milhões de fãs por todo mundo. Eles venderam ingressos para shows como nenhum outro artista e desde sempre foram seguidos por verdadeiras legião de apaixonados. Para muita gente, os Stones realmente inspiram e servem como exemplo de estilo de vida.
Com a intenção de dar voz a algumas desses fãs, Stones Planet Brazil pediu para um pequeno grupo deles gravarem um vídeo respondendo por que os Rolling Stones são um estilo de vida. Nós fizemos uma breve edição para termos os depoimentos em sequência e aqui está o que nos disseram o João Henrique Bosco, Pablo Pinto, Carmen Pavão Kfouri, Carmênio José, Daniela Meira, Marcelo Ceglie e Daniel Ribeiro. Muito obrigado a todos pela disponibilidade de compartilhar com a gente sua paixão.
Vista sua paixão pela maior banda do mundo
Não é qualquer banda que chega aos 55 anos de carreira totalmente ativa, vendendo milhões de discos e levando multidões aos seus shows.
Os Stones estão mais vivos do que nunca. Então, mostre sua paixão pela banda vestindo a camiseta comemorativa feita por Stones Planet Brazil exclusivamente para a data.
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Mostre para todos que você tem orgulho de ser um stoneano de verdade. E não esqueça. Ouça muito Stones no dia de hoje – e sempre.
“Os Rolling Stones são muito mais do que uma banda. Eles são um estilo de vida”. (Andrew Loog Oldham.
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