A Stones Blues Band está com single e clipe prontos para serem lançados. O trio gaúcho obteve liberação da editora dos Rolling Stones e no dia 19 de abril disponibilizará nas plataformas digitais a versão bluseira deles para Jumpin’ Jack Flash. Pouco antes, no dia 16, os leitores de Stones Planet Brazil, e nossos seguidores nas redes sociais, poderão assistir ao lançamento do clipe em total primeira mão.
Trick Bernardi (voz e guitarra), Alexandre Móica (guitarra e voz) e Paulo James (bateria e voz) gravaram Jumpin’ Jack Flash em agosto do ano passado no Studio Rock, em Porto Alegre, com a produção de Paulo Arcari. A partir disso, pediram liberação à editora dos Stones em Londres, que teve de ouvir a faixa antes de aprovar a sua publicação. A resposta positiva ocorreu em dezembro. Feito isso, a banda fechou acordo com Loop Publishing para a divulgação da canção nas plataformas digitais.
Um lançamento tão importante para a Stones Blues não poderia ficar sem um clipe. Assim, a banda rumou para Rio Pardo (RS), onde gravou as imagens do vídeo, que foram produzidas pela Libre Coletivo. A direção foi de Pedro Barbosa, a direção de fotografia foi para as mãos de Lucas Cunha e a direção de produção foi responsabilidade de Juan Roque.
O resultado superou às mais otimistas expectativas. Com um trabalho dedicado de todos, as imagens ficaram misteriosas, sombrias, e até um “holograma” de Robert Johnson aparece em cena. A versão bluseira da Stones Blues casou completamente com o ambiente do vídeo.
O baterista Paulo James, que é um dos fundadores da Acústicos & Valvulados ao lado do guitarrista Alexandre Móica, nos concedeu entrevista em que ele fala sobre o projeto e revela que o próximo passo pode ser a gravação de um disco físico da Stones Blues Band. Confira a conversa abaixo.
Stones Planet Brazil – O que podes contar sobre a gravação de Jumpin’ Jack Flash, primeiro single e clipe da Stones Blues?
Paulo James – A gente tá muito feliz com essa conquista, especialmente por ter obtido a liberação da editora que representa Stones na Inglaterra. Foi um baita desafio, já que a exigência deles é que gravássemos a música primeiro, pra que passasse por uma audição e então fosse (ou não) aprovada.
Felizmente deu tudo certo e dia 16 de abril o pessoal vai poder conferir o clipe aqui em Stones Planet Brazil! Contamos com o apoio de uma baita equipe de filmagem, coordenada pela Libre Coletivo, que adorou o som, comprou a ideia e se aplicou pra chegar num resultado muito bacana. Esperamos que todos gostem!
SPBR – A canção foi gravada mantendo os padrões das apresentações ao vivo da Stones Blues, com duas guitarras e bateria ou por estarem em estúdio acrescentaram baixo e outros elementos?
PJ – Fizemos questão de manter a formação original, bem próximo do que fazemos ao vivo. Na real, tem apenas overdubs de guitarra e percussão. Realmente não sentimos necessidade de acrescentar mais nada.
SPBR – Inicialmente o single será lançado apenas nas plataformas digitais. Qual será o próximo passo? Há chance de CD e ou de vinil da Stones Blues?
PJ – Sim, dia 19 o single estará disponível em todas as plataformas digitais, distribuído pela Loop Publishing. E faremos um grande show de lançamento no Gravador Pub, em Porto Alegre, onde rolou a nossa estreia. Anotem na agenda! Futuramente gostaríamos de lançar algo em formato físico, e a gente espera que esse sonho se concretize! Não é pra já, mas tá nos planos sim. O single é um primeiro passo.
SPBR – Vocês buscam recuperar ao vivo o som da Chess Records e dos primeiros álbuns dos Stones. A ideia é ter isso nas gravações, mesmo com toda tecnologia de hoje?
PJ – Olha, não pretendemos apenas simular a sonoridade da Chess, ou da Sun, enfim…tecnologicamente, seria possível sim, mas preferimos usar isso como um norte, uma referência, e a partir daí deixar aquele espaço saudável pro improviso, pro clima do estúdio em que estamos. A gravação de Jumpin’Jack Flash feita no Studio Rock com o mestre Paulo Arcari vai mostrar bem essa cara: tem um clima roots bem presente, e ao mesmo tempo uma ambientação que remete ao rockabilly, muito interessante.
SPBR – Obviamente vocês também fazem versões das canções e não tentam tocá-las como nas gravações originais. Como é retrabalhar clássicos como Sympathy For the Devil, Paint it Black ou Miss You, que não são exatamente canções de blues?
PJ – Esse é o barato do nosso tributo: buscar o blues (ou afiliados) que tá ali no DNA dessas canções. Depois de muito ler histórias, ouvir depoimentos e até mesmo outtakes, a gente sacou que durante o processo de criação os Stones costumam experimentar versões diferentes pra uma mesma canção. E o que conhecemos, no final, é aquela leitura que eles elegeram lançar. Mas, na real, isso significa que a música em questão poderia muito bem ter ido pra posteridade de outro jeito! E é com base nisso que a gente se sente à vontade pra transitar em outros arranjos e apresentar isso pros fãs de Stones.
SPBR – A Stones Blues tem formato enxuto, minimalista. A realidade do mercado de hoje força a reduzir ao máximo os custos para que o projeto seja possível ou isso foi uma opção e algo conceitual da banda?
PJ – A escolha é conceitual. O lance minimalista faz com que a gente se aproxime sempre dessa sonoridade mais crua, que é a nossa cara, a nossa intenção. De qualquer forma, não descartamos a possibilidade de agregar convidados em determinados shows, caso seja interessante ter um reforço sonoro, por exemplo.
Sem Comentários