Foto: Diego Vara |
Por Alex Carvalho*
Ontem tive o imenso prazer de assistir ao documentário Olé Olé Olé – A Trip Across Latin America. O documentário registra a passagem dos Stones pela América Latina na recente turnê de 2016. Ali são mostrados preparativos para os shows, cenas de bastidores, culturas locais, trechos dos concertos, rotina dos rapazes enquanto em tour, entre outras coisas.
Trata-se de um grande trabalho do diretor Paul Dugdale que, na maior parte do tempo, consegue captar a essência da banda e seus integrantes, com uma atenção toda especial (e merecida) à passagem da banda pela Argentina e Cuba.
Talvez por ter participado tão intensamente dessa turnê eu tenha gostado ainda mais do filme. É sempre muito bom poder ver Mick, Keith, Charlie e Ronnie fora dos palcos. Mostrar apenas a banda em ação seria mais do mesmo, lugar comum, e neste filme somos brindados com muitas cenas interessantes do dia a dia da banda e dos fãs nesses momentos “na estrada”.
Como destaques, temos Mick e Keith no backstage tocando Country Honk, o registro de Keith no hotel em Buenos Aires, a histeria dos fãs argentinos, o encontro de Ronnie em São Paulo com um artista plástico, registros do show histórico de Porto Alegre (debaixo de muita chuva) e a preparação para o concerto da Havana.
É claro que temos a noção de que tudo foi muito bem produzido e as pessoas sabiam que estavam sendo filmadas, mas é possível perceber lapsos de espontaneidade, pequenos detalhes que fazem toda a diferença, ainda mais para os fãs que assistirem o documentário.
Cito como exemplo um momento que para mim foi tocante, quando dois fãs argentinos são levados ao quarto de hotel para um bate papo com Mick em Buenos Aires. A conversa em si é amistosa, Mick parece de bom humor, é cordial, fala do show de 1995 no Estádio do River, mas é claro que na frente das câmeras não há aquela naturalidade. O momento de emoção ocorre na saída dos dois fãs do quarto, já sem a presença de Mick, eles se olham e se abraçam. O gesto é rápido, mas foi captado pelas câmeras. A sensação que passa naqueles olhares é “conseguimos, cara, realizamos um grande sonho, encontramos Mick Jagger”. Nesse momento me parece que eles representam todos os fãs que, de certa maneira, gostariam de ter tido um momento com seus ídolos, o que, no caso dos Stones, sabemos ser praticamente impossível pois eles são extremamente inacessíveis, reservados.
Também conseguimos ter uma noção das dificuldades enfrentadas pela produção para que fosse possível a realização do show em Havana. A representatividade deste evento por certo transcende um show de rock’n roll. Os Stones, símbolo de toda uma geração, abrindo mais uma porta num país onde o povo ainda tem muitas dificuldades, e que durante décadas enfrentou todo o tipo de repressão e censuras.
Posso dizer com muita tranquilidade que Olé Olé Olé superou minhas expectativas e certamente é um dos melhores documentários que já assisti, não apenas pela obviamente excelente parte musical, mas sobretudo pelas cenas de cotidiano, os detalhes que nos fazem enxergar aqueles quatro cavalheiros como seres humanos, que nos aproxima deles, imagem e sensação que é quase impossível, ao menos para mim, ter ao vê-los em ação em cima de um palco.
* Alex é advogado previdenciário em Bento Gonçalves (RS) e um dos nossos mais fieis parceiros de todos os momentos. Depois que ele assistiu ao filme, pedimos para que também escrevesse suas impressões sobre o filme.
Veja os Stones tocando Country Honk abaixo.
Sou fã dos stones a mais de 30 anos, e outro dia assisti o documentario sobre o Lemmy, e tava lá o Lemmy dizendo que os stones eram filhinhos de mamãe e os Beatlos não e que ele gostava era dos beatles, lá pelo meio do documentario aparece o David Grohl do nirvana dizendo " FODA-SE KEITH RICHARDS" e falando mal de de bandas dos anos 60 que vivem do passado e que enquanto uns pegam modelos em jatos particulares o Lemmy tá em algum quarto de hotel com seu Jack daniels , só que um tempo depois esse mesmo cara que criticou o keith tava no palco com ele a pouco tempo e quando acabou a música o babaca abraçou o keith! fico me perguntando pq o Keith aceitou dividir o palco com esse merda, sem contar o outro merda que ja morreu o Lemmy!.
Pq o Keith não se preocupa com esses caras, como a Coca-Cola não se preocupa com a Pepsi e mto menos o Mike Tyson se preocupava com o Maguila.
abração
Valeu!
🙂
hahahaha genial resposta!!
Abs
Bruno
Deixando claro q a ultima musica do ultimo album do motorhead eh uma cancao chamada SYMPATHY FOR THE DEVIL !! O maguila eh fã do TYSON KKKKKKKKKK
Grande Dudu!
Forte abraço, irmão!
O falecido não admitia mas era fã dos stones!
[…] não há previsão de lançamento em DVD do documentário Olé Olé Olé – A Trip Across Latin America. Há informação de que existem planos de lançá-lo, mas até agora não foram fornecidos […]
[…] Rolling Stones formalizaram agora há pouco o lançamento do filme Olé Olé Olé: A Trip Across Latin America em DVD e Blu ray. O documentário estará à venda no mercado internacional a partir de 22 de maio. […]
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